Maconha para fins medicinais
- Vítor Gabriel
- 31 de ago. de 2017
- 2 min de leitura

A cannabis sativa, também chamada de maconha, é uma das plantas psicoativas conhecidas há mais tempo. Adapta-se facilmente a vários climas e solos e seu uso é diversificado, podendo ser recreativo, medicinal e matéria prima para dar forma a outros produtos. Sua proliferação na sociedade aconteceu de forma natural e seu uso terapêutico pode trazer resultados positivos na vida de pessoas com diversas doenças e síndromes, como câncer, autismo e esclerose.
Em um embasamento histórico, o professor, pesquisador, botânico, João Batista Piccinini, 68 anos, diz que desde a década de 1940 o uso do tetraidrocanabinol acontece no Brasil, até mesmo em Juiz de Fora, na forma de tintura de cannabis sativa. “É uma variedade índica de langue, como antiespasmódico nas cólicas de crianças e recém-nascidos.”
O uso medicinal da planta no Brasil ainda não foi regulamentada pela Anvisa, Agência de Vigilância Sanitária, porém, em outros países, o uso da cannabis sativa já é permitido em pacientes terminais, por exemplo, em casos de câncer. João Piccinini aponta também que a erva pode ser usada no tratamento de delírios, tremores e parkinsonismo: “Não se usa a planta inteira nesses casos, mas sim seus princípios ativos, que são os derivados canabinóides”.
Laio Oliveira, 23 anos, cabeleireiro e vendedor, conta como a experiência com a planta auxiliou sua mãe, Maria Alice Lopes, no tratamento de um câncer, eliminando a necessidade da quimioterapia. Em 2012, Maria Alice foi diagnosticada com dois melanomas no rosto. Por estarem profundos, o médico indicou o procedimento da quimioterapia para o tratamento, o que faria o câncer entrar em remissão e diminuir de tamanho, possibilitando o processo cirúrgico.
Apesar do final feliz para a família de Laio, o uso da erva ainda não foi legalmente permitido. A discussão sobre a legalização continua, havendo os dois lados da moeda.
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