REPRESENTATIVIDADE LGBT IMPORTA SIM!
- Hágatha Guedes
- 26 de ago. de 2017
- 2 min de leitura

Imagine viver em um mundo onde, quando você vê um telejornal, todos os jornalistas são héteros. E todos os programas de entretenimento tem apresentadores heteros. Nas propagandas, todas as pessoas são héteros. Já nas novelas, quando tem algum personagem LGBT, são cômicos.
Já se imaginou viver em um mundo onde não se sente representado em nenhum lugar? Pois é exatamente nesse mundo que Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros sempre se viram.
Segundo um o relatório divulgado no fim de 2016 pela Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA), o Brasil ocupa o primeiro lugar na quantidade de homicídios de LGBTs nas Américas, com 340 mortes por motivação homofóbica em 2015.
E apesar de ser um país laico e democrático, não há nenhum legislação específica contra o crime de homofobia. A lei que circula no Congresso Nacional há vários anos que prevê penas mais severas no caso de crime de ódio motivado por razão homofóbica, foi barrada inúmeras vezes pela chamada bancada evangélica do Congresso.
Mas qual é o papel da Mídia nesse quadro?
Em um texto recente publicado pelo site huffpostbrasil.com , Maria Immacolata Vassallo de Lopesa, professora e coordenadora do Centro de Estudos de Telenovela da USP fala da importância das telenovelas e os papeis sociais que ela representa. Segundo a professora, a novela A Força do Querer, exibida pela Rede Globo, pode contribuir para informar e mudar a situação das pessoas Trans através da personagem Ivana (Carol Duarte), que é uma garota confusa que, desde o início da trama, e está em um conflito com o próprio corpo e não entende o que a perturba. A personagem Nonato (Silvero Pereira), travesti que se reconhece como Elis Miranda. E ainda a atriz transexual Maria Clara Spinelli, que só havia representado personagens transgênero nas ficções televisivas das quais participou, e interpreta na novela, a cisgênero Mira.
Para falar mais sobre esse papel da teledramaturgia, conversamos com Cristina Brandão, professora do curso de jornalismo da UFJF e pesquisadora na área de teledramaturgia.
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