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NEO-NAZISTAS E MEMBROS DA CHAMADA SUPREMACIA BRANCA OCUPAM RUAS, AS REDES SOCIAIS E AS CONVERSAS

  • Hágatha Guedes
  • 25 de ago. de 2017
  • 3 min de leitura


Nos últimos dois anos, um debate que começou nas redes sociais tem ganhado cada vez mais espaço e segue se espalhando pelas ruas. O discurso dos membros da supremacia branca sempre esteve presente na história da humanidade. A escravidão e o Nazismo são exemplos tristes desse discurso de ódio, aplicado à vida das pessoas, na prática.




As conquistas que hoje são muitas vezes banalizadas, como o fato de brancos e negros terem os mesmos direitos constitucionais – educação, saúde, moradia e trabalho – foram adquiridos através de luta e sacrifício de muitas pessoas, que criaram movimentos para combater o preconceito e a discriminação enraizados na sociedade, bem como legitimados.

Entretanto, quando o mundo dominado por homens, brancos, héteros e cristãos testemunhou essa situação ser questionada nas redes sociais durante os últimos anos, começou a discutir novamente a possibilidade de uma nova revolução nazista, apoiada por grupos Neo-nazistas, supremacistas brancos e, até mesmo, pelo grupo racista americano, Ku Klux Klan.



O QUE É O NAZISMO?


O ​nazismo​ ​alemão​ é um movimento que surge​ ​após​ ​a​ ​Primeira​ ​Guerra​ ​Mundial, contra​ ​o​ ​socialismo​ ​marxista​ ​e o ​capitalismo​ ​liberal​ ​que​ ​existia​ ​na​ ​época. Liderado por Adolf Hitler, o nazismo não era​ ​de esquerda,​ ​mas​ ​tinha​ ​um​ ​ponto​ ​de​ ​vista​ ​crítico​ ​em​ ​relação​ ​ao capitalismo,​ ​que​ ​era​ ​comum​ ​à​ ​crítica​ ​que​ ​o​ ​socialismo​ ​marxista​ ​​também fazia.​ ​A palavra-chave é nacionalismo, ou seja, ​eles defendiam uma​ ​revolução​ ​social​ ​para​ ​os alemães.

Através dessa​ ​ideia​ ​de​ ​uma​ ​"revolução​ ​social​ ​para​ ​a​ ​Alemanha"​, o Partido​ ​Nacional-Socialista alemão foi criado em ​1919.​ ​E é importante ressaltar que a palavra socialista, nesse caso, remete ao termo nacional ou nacionalista.



A RAÇA ARIANA (OU PURA) E SUA IDEOLOGIA


​Hitler e seu movimento nazista defendiam a teoria do arianismo ou raça pura, para justificar a morte de milhões de pessoas. Os​ ​teóricos​ ​do​ ​nazismo​ (médicos, filósofos, historiadores) ​procuraram​ ​uma​ ​fundamentação​ ​teórica​ ​e filosófica​ ​para​ ​defender​ ​a​ ​ideia​ ​de​ ​que​ ​eles​ ​eram​ ​descendentes​ ​diretos​ ​dos​ ​"árias" - uma​ ​espécie​ ​de​ ​tribo​ ​europeia​ ​original.


​Assim como o momento de crise econômica e social que vivemos atualmente, a Alemanha Nazista também vivia um momento​ ​de​ forte ​perda​ ​de territórios,​ ​profunda​ ​recessão​ ​e​​ ​inflação​ altíssima. E em um terreno tão fragilizado como esse, ideias segregadoras e preconceituosas tendem a ser aceitas com mais facilidade. Além​ ​dos​ ​judeus,​ ​o​ ​regime​ ​nazista​ ​também​ ​perseguiu​ ​democratas​ ​liberais,​ ​socialistas,​ ​ciganos, testemunhas​ ​de​ ​Jeová​ ​e​ ​homossexuais​. ​Também são características desse período a repressão e a censura.


Esse tipo de perseguição ainda acontece em grande escala hoje, por partidos e políticos, que buscam justificar suas atitudes valendo-se de ideologias de extrema-direita​ e fundamentação religiosa.



KU KLUX KLAN


A Ku Klux Klan (KKK) é uma organização racista secreta que surgiu no final do século 19, nos Estados Unidos. Ela foi fundada em 1866, no estado do Tennessee, como um clube social que reunia veteranos confederados, ou seja, soldados que haviam lutado pelos estados do Sul que não queriam que a escravidão nos Estados Unidos acabassem, ou seja, o lado derrotado, na Guerra Civil Americana (1861-1865). A KKK tem como principal ideologia, a manutenção da supremacia branca na sociedade e no poder. A principal característica dos participantes é o uso de capuzes brancos e roupões fantasmagóricos para esconder a identidade e assustar as vítimas (negros, judeus, imigrantes, muçulmanos e homossexuais).

Apesar de ter se tornado um movimento proibido e a organização ter sido processada diversas vezes, pagando indenizações altas às suas vitimas, ela, a cada ano ganha mais adeptos. Principalmente, após a eleição do milionário Donald Trump para a presidência norte-americana.


No inicio desse mês, uma pessoa morreu e outras 33 ficaram feridas, em um protesto desses grupos radicais racistas na cidade universitária de Charlottesville, no Estado americano de Virgínia. O objetivo da "marcha", era impedir a retirada de uma estátua de um general que lutou contra o fim da escravidão nos Estados Unidos.



Para falar mais sobre esse assunto, conversamos com o Professor do curso de Jornalismo da UFJF e Cientista Politico, Paulo Roberto Figueira Leal:


Mas o que se pode concluir a partir de tudo isso? É fundamental antes de compartilhar, repassar ou afirmar que concorda ou discorda de algo, saber o que de fato isso representa para sua vida e a sociedade como um todo.













 
 
 

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